15/04/2021
Uma das reclamações que mais recebemos em consultório desde o início da pandemia é o aumento da queda de cabelo.
Cerca de um terço das pessoas diagnosticadas com a Covid-19, desde casos leves, assintomáticos até os mais graves, sofreram com queda dos cabelos. Em muitos casos, a queda também ocorreu por fatores emocionais, como ansiedade e estresse.
A relação entre a Covid-19 e a queda capilar tem sido foco de diversos estudos ao redor do mundo. Até o momento, esse sintoma tem sido atribuído a uma condição capilar conhecida como eflúvio telógeno, em que o cabelo para de crescer e começa a cair após um evento traumático.
O quadro pode causar uma perda considerável de fios em pouco tempo, mas não calvície definitiva. Normalmente, o eflúvio telógeno é mais comum entre mulheres, principalmente no período estressante do pós-parto. Devido à pandemia, no entanto, a condição também tem atingido muitos homens.
A queda de cabelos gerada por essa condição pode ocorrer por até 3 meses, caindo cerca de 500 fios por dia.
Ainda que o processo costume se resolver sozinho, há maneiras de encurtá-lo. Aconselhamos lavar o cabelo com mais frequência, pois higienizando os fios conseguimos acelerar a queda que já estava fadada a acontecer, adiantando o processo de recuperação capilar.
Além disso, tratamentos focados em estabilizar, melhorar a oxigenação e aumentar o aporte sanguíneo do couro cabeludo, facilitando a chegada de nutrientes nos folículos, são indicados para equilibrar o ciclo capilar.
O ideal é sempre consultar um tricologista, médico especialista em cabelos e no couro cabeludo, para tratar o problema.